Sindmetro-PE presta solidariedade ativa contra demissão em massa no Sesi/Senai
Na última quarta-feira (11), trabalhadores que fazem a segurança patrimonial do sistema Sesi/Senai receberam o apoio e solidariedade da direção do Sindmetro-PE, enquanto realizavam um protesto em frente ao Ministério Público do Trabalho, que fica no bairro dos Aflitos, em Recife. Buscaram uma audiência com a Procuradora, Melícia Alves de Carvalho Mesel, que acompanha o caso, requerendo celeridade na decisão pela reintegração desses trabalhadores aos seus trabalhos.
Mais de 100 vigilantes, funcionários diretos do Sesi e Senai foram demitidos injustamente, a pedido da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, para ser substituídos por trabalhadores terceirizados. As demissões se deram no mês de junho, atingindo funcionários que variam de 15 a 30 anos de contratos com as empresas e se dá em meio à maior crise sanitária já vivida, que atinge de maneira mais intensa e cruel a classe trabalhadora.
A procuradora já havia requerido da patronal no início do processo, uma explicação para as demissões, com a fundamentação financeira para a troca de contratos diretos pela terceirização, o que até o momento não foi entregue, gerando estranheza do MPT e dos trabalhadores. Na ocasião do protesto uma comissão foi convidada a subir o prédio e ir ao encontro da procuradora e lá entregaram um documento pedindo uma audiência oficial, visando apresenta-la os fatos novos do impacto dessa demora por uma decisão. Uma das queixas é que funcionários e familiares estão adoecendo físico e mentalmente, como consequência da falta de uma definição, que segundo os trabalhadores é pelo retorno aos postos de trabalho.
O Sindmetro-PE somou-se a comissão que falou com a representante do Ministério Público e prestou solidariedade aos trabalhadores entendendo que “esse fantasma da terceirização assombra os trabalhadores do metrô também e por isso, é dever da categoria somar forças pela defesa dos empregos diretos, com salário justo e boas condições de trabalho, que não é o que se vê na exploração de mão de obra pelas empresas terceirizadas”, destacou Rosilda Pinheiro, diretora Jurídica do Sindmetro-PE.