Por um mundo sem discriminação, sem violência e sem homofobia
17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia
Por: Telma Barbosa – Dirigente de Gêneros e Raças
Em 1886, o sexólogo Richard Von Krafft-Ebing, em sua Obra, Psychopathia Sexualis, propôs que a homossexualidade seria uma doença congênita ou adquirida durante o nascimento. Em 1952, a Associação Americana de Psiquiatria publicou que a homossexualidade era uma desordem, mas falharam ao não conseguir provar essa teoria.
Com a falta desta comprovação, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a opção sexual da lista de transtornos mentais em 1973. Em 1975, a Associação Americana de Psicologia adotou a mesma posição e orientou os profissionais a não lidarem mais com este tipo de pensamento, evitando preconceito e estigmas falsos. Em 17 de maio de 1990, a assembleia geral da OMS aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.
A nova classificação entrou em vigor nos países-membros das Nações Unidas em 1993. Com isso, marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiro como pecado, depois como crime e, por último, como doença. Apesar desta resolução internacional, cada país e cultura trata a questão da homossexualidade de maneira diferente. O Brasil, por exemplo, por meio do Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar a opção sexual como doença ainda em 1985, antes mesmo da resolução da OMS. Por outro lado, a China tomou a atitude apenas em 2001.
Apesar deste reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade sexual, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) ainda sofrem cotidianamente as consequências da homofobia. Para tanto, o dia 17 de maio, além de relembrar que a homossexualidade não é doença, tem uma característica de protesto e de denúncia. No mundo inteiro, há um número crescente de diversos movimentos sociais e organizações que lutam pelo respeito à diversidade sexual realizando atividades neste dia.
Precisamos compreender melhor a orientação sexual do próximo e contribuir para uma sociedade mais inclusiva. Abaixo todo tipo de preconceito e viva a Liberdade! Por um mundo sem discriminação, sem violência, sem homofobia, bifobia, lesbofobia nem transfobia.