Metrô do Rio de Janeiro como exemplo: estadualização e privatização não são solução para o metrô!
O Rio de Janeiro vive uma crise financeira que levou o estado a um regime de recuperação fiscal, em que para cada despesa nova do governo, outra anterior deve ser cancelada. Tamanha crise tem revelado o péssimo negócio que é repassar a gestão do sistema de transporte público metroferroviário para entes privados. Uma vez que se aposta na suposta eficiência administrativa da livre iniciativa, mas que quando esta se vê com escassez de recursos para a operação, tão logo recorre aos entes do Estado para garantir a liquidez financeira das empresas.
Um grande negócio de baixo risco para o ente privado, mas de custo elevado para o ente estatal, onde no final quem paga é o cidadão contribuinte. O transporte público por ser um serviço essencial, recai como responsabilidade dos governos nas três esferas da federação e no entanto a SuperVia e o MetrôRio, que as são concessionárias privadas administradoras do sistema, se veem na eminência de um colapso financeiro que pode levar a paralisação do sistema de metrô do fluminense.
As concessionárias alegam que com a diminuição do número de passageiros, em torno de 50 e 70%, de acordo com os dados oficiais, não conseguem manter o financiamento das operações, o que pode acarretar na paralisação do sistema. E isso impacta também nos empregos, onde o Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro alega a demissão de dezenas de trabalhadores nesse início do mês de agosto, com o argumento de corte de custos devido a pandemia do Covid-19.
O Sindmetro-PE manifesta solidariedade junto aos trabalhadores demitidos e demarca posição pela readmissão destes metroviários e metroviárias. Essa solidariedade é uma ação ativa, que questiona um problema de fundo, revelando a necessidade da reestatização do sistema metroviário do Rio. Se é o Estado quem tem o poder financeiro para manter a regularidade de um serviço essencial, então que este seja tratado como tal, sendo garantida a manutenção regular da operação, com investimento público e prestação de um serviço que garanta segurança e qualidade.