Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres
A data é uma causa humanitária que merecer ser reforçada
O dia 25 de novembro foi estabelecido no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia, no ano de 1981, em homenagem às irmãs Mirabal. Las Mariposas, como eram conhecidas, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente.
Apresentando calendários adaptados à realidade de cada país, no Brasil, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra, a campanha inicia-se no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra e se estende até o dia 10 de dezembro Dia Mundial dos Direitos Humanos, marcando 21 dias de mobilização. Já o calendário da campanha mundial traz a consigna: 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres que reúne mais de 6 mil organizações em 187 países e busca conscientizar sobre os diferentes tipos de agressão contra as meninas e mulheres em todo o mundo.
A violência contra a mulher passa a ser um dos grandes problemas mundiais. A campanha tem como objetivos revelar a dimensão do feminicídio e denunciar o aumento do número de casos de mortes de mulheres por razões de gênero. Chamar a atenção sobre índices e ausência de registros confiáveis; estimular a informação sobre o feminicídio e atuar contra a impunidade.
No Brasil, 45% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal, segundo o Centro de Atendimento à Mulher. Em média, a cada 8 minutos uma mulher é estuprada no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020. Já os dados da UNICEF afirmam que mais de 100 milhões de meninas poderão ser vítimas de casamentos forçados durante a próxima década.